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Povo vão às ruas e reagem energicamente contra aumento da passagem em SP

VOZ DE FEIRA

A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogênio para dispersar dezenas de manifestantes reunidos na praça do Ciclista, em São Paulo, para protestar nesta terça-feira (12) contra o aumento da passagem de ônibus, trens e metrô. A manifestação foi convocada pelo MPL (Movimento Passe Livre).

A ação policial se deu após impasse sobre a rota do protesto. Os manifestantes queriam descer a avenida Rebouças rumo ao largo da Batata, em Pinheiros, enquanto a PM determinava que a marcha deveria seguir pela rua da Consolação, rumo ao Centro. Após um empurra-empurra entre manifestantes e PMs, as bombas começaram a ser lançadas.

Ao menos duas pessoas ficaram feridas: uma jovem que teria sido atingida por uma bala de borracha e um rapaz que disse ter sido agredido na cabeça por um policial com cassetete. Segundo testemunhas, um fotógrafo também teria sido ferido na cabeça.

Segundo a PM, ao menos três pessoas foram detidas e levadas para o 78º DP (Distrito Policial), nos Jardins.

Antes da dispersão com bombas, mais de 100 policiais militares cercavam os manifestantes concentrados na praça, fechando a avenida Paulista na altura da rua Bela Cintra, e impediam que outras pessoas se aproximassem do grupo de manifestantes para engrossar o protesto.

Após a ação com gás lacrimogênio, manifestantes reagiram espalhando sacos de lixo pelas ruas da região para tentar conter a aproximação policial com motos e carros, que desciam às dezenas em direção ao Centro. Integrantes da PM perseguiram participantes do protesto pelas ruas Sergipe e Sabará, em Higienópolis, próximas à rua da Consolação, descendo dos veículos e batendo nos manifestantes. Alguns também correram para a região da praça Roosevelt e da Rua Augusta.

Dois detidos antes de dispersão

Mesmo antes de a manifestação deixar a praça do Ciclista, na avenida Paulista, duas pessoas já haviam sido detidas. Uma delas, segundo a PM, estava com uma corrente e uma tesoura na mochila. Os nomes não foram divulgados.

Os detidos foram acompanhados por duas advogadas ligadas ao MPL. No Twitter, a Polícia Militar de São Paulo publicou uma foto da corrente e da tesoura que seriam de um dos detidos.

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