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MPF do Rio entrou com uma ação civil pública nessa segunda-feira contra Bolsonaro (PSC-RJ ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra brasileira.

Voz de Feira

O Ministério Público Federal do Rio entrou com uma ação civil pública nessa segunda-feira contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por danos morais coletivos às comunidades quilombolas e à população negra.

“No presente caso, o julgamento ofensivo, preconceituoso e discriminatório do réu a respeito das populações negras e quilombolas é incontestável”, diz o MPF.

“Com base nas humilhantes ofensas, é evidente que não podemos entender que o réu está acobertado pela liberdade de expressão, quando claramente ultrapassa qualquer limite constitucional, ofendendo a honra, a imagem e a dignidade das pessoas citadas, com base em atitudes inquestionavelmente preconceituosas e discriminatórias, consubstanciadas nas afirmações proferidas pelo réu na ocasião em comento”, escreveram os procuradores Ana Padilha e Renato Machado.

A denuncia vem após uma fala de Bolsonaro durante uma palestra no Clube Hebraica, no Rio. Na ocasião, ele ofendeu reiteradamente a população negra e as comunidades quilombolas. De acordo com o MPF, ele ainda incitou a discriminação contra estes povos.

Os procuradores alegam que o político utilizou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra.

Caso seja condenado, Bolsonaro pode pagar multa no valor de R$ 300 mil pelos danos morais coletivos causados ao povo quilombola e à população negra em geral. O dinheiro será revertido em projetos de valorização da cultura e história dos quilombos.

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