Por Cloves Pedreira
A PF já sabe quem é o chefe do massacre do presídio Anísio Jobim: ele se chama Márcio Ramalho Diogo, tem 34 anos e atende pelo codinome de Garrote.
Garrote e sua turma amargaram meses no Regime Disciplinar Diferenciado, o que teria enfraquecido a Família do Norte, segundo a PF: encerrada a quarentena, ele encabeçou a matança.
Com nove anotações em sua ficha criminal, Garrote é relatado pela PF como “um homem reconhecido no mundo do crime pela extrema violência e crueldade com que atua”. Durante muito tempo atuou como braço-armado no transporte de grandes cargas que passavam pelo Rio Amazonas.
Em 2013, chegou a trocar tiros durante um cerco feito por agentes da própria PF, que resultou na sua captura e na morte de um comparsa. E mesmo preso continuou ditando regras numa nova função: a de distribuição de drogas por Manaus.
Em depoimentos à PF na época, Garrote negou qualquer relação com integrantes da Família do Norte. No entanto, a selfie em meio aos criminosos que protagonizaram a maior barbárie das cadeias brasileiras não deixa dúvida de seu papel de ‘xerife da matança’.