A delegada Daniela Terra, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), informou nesta segunda-feira que a Justiça deferiu o pedido de quebra de sigilo para identificar os responsáveis pelas ofensas, de cunho racistas, à filha do cantor Bruno Gagliasso. Na quarta-feira, após receber duas mensagens preconceituosas pelas redes sociais da mulher Giovanna Ewbank, o ator registrou ocorrência na delegacia.
“Estamos apenas aguardando a resposta de administradores do Facebook e Instagram para seguirmos com a investigação”, disse a delegada ao EXTRA.
Após ser ouvido pela delegada, Bruno conversou com os jornalistas e declarou que espera que os autores dos ataques sejam punidos.
“É uma situação chata. Como ser humano e pai, eu fico muito triste. É por isso que eu estou aqui cobrando justiça, para que as pessoas possam aprender. Que isso sirva de exemplo para o mundo. Se eu posso fazer alguma coisa, eu vou fazer. O mais importante é que achem e prendam, se tiver que prender. Minha filha ainda não entende o que aconteceu, é muito pequena ainda, mas mais tarde ela vai entender, e é por isso que eu estou aqui”.
Também vítima de ataque, Gaby Amarantos está sendo orientada pelo mesmo advogado de Bruno, Michel Assef Filho, e acha fundamental combater o racismo com justiça para evitar que outras pessoas passem por isso. Capa da “Boa Forma” de novembro, ela foi ofendida ao postar uma imagem da publicação no última dia 8. O perfil fake é o mesmo que ofendeu Titi na rede social da atriz Giovanna Ewbank.
“Eu tenho todo o suporte e agradeço muito ao Bruno e a Gio que têm sido grandes parceiros nessa luta. Eu penso naquela mulher pobre da periferia que passa por isso todos os dias e não tem apoio nenhum, foi por elas que resolvi agir”, disse a cantora ao EXTRA.
Polícia investiga dois perfis suspeitos
A delegada Daniela Terra também falou com os jornalistas e disse que a polícia está investigando dois perfis suspeitos como sendo os autores dos ataques. Ela informou ainda que o caso foi registrado como injúria e racismo.
“Esses criminosos serão identificados, eles se utilizam da internet como subterfúgios, acreditando que estão passando despercebidos por estarem fazendo uso das redes sociais, mas não estão. Não adianta apagar o perfil e os comentários. A Polícia Civil tem tecnologia suficiente para identificar esses criminosos, que serão punidos ao rigor da lei. No caso específico, eles vão responder pela injúria qualificada e pelo crime de racismo, previsto na lei de Racismo, artigo 22. A pena é de inclusão de um a quatro anos. Nesse caso, nós temos dois perfis a identificar e estamos investigando”, adiantou.