Por Cloves Pedreira
Numa entrevista, em 1990 com Miguel Camdessus, na época diretor-gerente do FMI, perguntaram-lhe sobre qual seria o custo social para por em ordem as finanças públicas de Costa Rica, um pequeno pais da América Central com 4,8 milhões de habitantes.
Camdessus respondeu que o fato de que as metas estabelecidas não tenham sido respeitadas, o custo seria a interrupção dos financiamentos externos e das importações, redução de investimentos, paralisação de um acordo de renegociação da dívida, na verdade o custo ficara configurado com uma recessão imposta ao país, mas, pasmem, o diretor geral afirmou que esta posição não seria exatamente de recomendar, nem impor medidas, mas a posição estabelecida foi a de diálogo.
Entretanto, a leitura correta é a de que este diálogo é o da capitulação incondicional.
Este também foi o diálogo após o cessar fogo no final da guerra contra o Iraque quando o general dos EUA Norman Schwarzkopf anunciou: “Não haverá negociações, eu vim para decidir exatamente o que devem fazer”, e ao término da reunião feita em Safwan, ao norte da fronteira entre Kuswait e Iraque, o general disse; “Sinto-me feliz em lhes anunciar que concordamos em todos os temas.
As negociações com o FMI são exatamente iguais. Se não se aceitam incondicionalmente as condições, Schwarzkopf despeja mais bombas; o FMI derrama uma crise econômica impiedosa.
Ronald Regan falava das “Catedrais da liberdade”, “Da cidade que brilha sobre a montanha”, e Bush da “grande ideia”, uma nova Ordem Mundial que unisse as nações de todo o mundo para conquistar os sonhos universais da humanidade; a paz, a segurança, a liberdade e o império da lei. Consultem o jornal La Nación, na publicação de 30/01/91.
Este império da lei, é uma construção das leis de mercado imposta pelos EUA e países da Europa, para roubar todo resto e fragmentos das escassas riquezas de nações pobres e desprotegidas, e não estabelecidas dentro da legalidade internacional. Em 1989 o panamá Panamá foi penalizado com uma intervenção militar pelo EUA, chamada guerra justa, por ter saído do “império da lei”.
O que estão fazendo com a Venezuela, é motivado pela qualidade do seu petróleo e também, por, possivelmente possuir a maior reserva petrolífera do mundo, baseado em estudos de departamentos geológico estadunidense, podendo superar inclusive as sauditas em dobro, atualmente as reservas sauditas são consideradas a maior do mundo.
Temendo que o óleo venezuelano chegue às mãos dos chineses e russos, e para aumentar suas reservas, o povo da Venezuela vem sofrendo operações extremamente perversas na sua economia e outros aspectos, e estes que impões tal genocídio social, liderados pelos EUA, passam para o mundo um fato que não condiz com a realidade desta nação, que tem uma população com histórico de resistência, e nunca se dobram perante ao poder dos grandes.
O Brasil já se dobrou, e foi tudo muito fácil!