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Assessora do TRF-4, Daniela Tagliari Kreling Lau causa polêmica ao pedir prisão de Lula no Facebook

Cloves Pedreira

Uma postagem no Facebook da servidora Daniela Tagliari Kreling Lau, chefe de gabinete da presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), levou petistas a contestarem a imparcialidade da corte para julgar o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24, contra sentença do juiz juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá. O petista foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a nove anos e meio de prisão.

Na última quarta-feira, Daniela publicou em sua página uma petição online para coletar assinaturas em apoio a condenação e a prisão do ex-presidente. Petistas reagiram nas redes sociais.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), foi ao Twitter questionar a atitude da servidora:

“Perseguição e ativismo político contra Lula dentro do TRF-4!”, escreveu a senadora.

O senador Lindbergh Farias fez coro:

“A chefe de gabinete do presidente pedir a prisão de Lula nas redes é um escândalo que compromete a parcialidade do julgamento!”.

O deputado federal Pepe Vargas também reclamou. Vargas ainda fez referência a uma entrevista concedida pelo presidente da corte, em agosto do ano passado, em que Thompson disse ao Estadão que a sentença “é tecnicamente irrepreensível”.

“Não bastasse a declaração do presidente do TRF-4, que mesmo confessando não ter lido a sentença de Moro disse que a peça era “perfeita”, agora a sua chefe de gabinete faz campanha para pedir a condenação de Lula, publicamente e sem cerimônias. O golpe continua em todas as frentes. Resistir é preciso!”, escreveu o deputado em seu Facebook.

Em nota, o presidente do TRF, Carlos Eduardo Thompson Flores, afirmou que a servidora exerceu o direito de se manifestar como “cidadã e em caráter particular”. Segundo o tribunal, Daniela é servidora concursada com 24 anos de carreira na corte e nunca atuou na área judicial ou em julgamentos de processos.

“Daniela sempre exerceu cargos administrativos junto ao tribunal, tendo trabalhado nas gestões de diversos presidentes”, diz a nota da corte.

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